domingo, 2 de agosto de 2009

Aston Villa bate Juventus nos pênaltis e fatura a Copa da Paz em final sem graça



Sem Diego, poupado, o Juventus foi derrotado pelo Aston Villa nos pênaltis por 4 a 3, no estádio Olímpico de Sevilha, Espanha, na decisão da Copa da Paz. Os dois times jogaram em ritmo de pré-temporada e não saíram do zero nos primeiros 120 minutos. A final não teve nada a ver com a partida eletrizante que os italianos fizeram com o Real Madrid pelas semifinais. Nos pênaltis, brilhou a estrela do goleiro Guzman, que defendeu duas cobranças.
Os jogadores não tiveram problema para ouvir as instruções passadas pelo banco de reservas. As duas equipes decidiram o torneio diante de cerca de três mil torcedores. Os ingressos de 50 a 85 euros (R$ 134 a 228 aproximadamente) e a ausência do Real Madrid, eliminado na semifinal pelos italianos, e do Sevilla, que caiu na primeira fase, espantaram a torcida local.

O técnico do Juventus, Ciro Ferrara, deixou no banco Amauri e Del Piero, dupla de ataque das semifinais, e escalou Iaquinta ao lado de Trezeguet. Felipe Melo saiu jogando e Diego, apesar de recuperado das dores na coxa, foi poupado. O Aston Villa, que não conta com brasileiros no elenco, jogou bem fechado, com o norueguês John Carew e o inglês Ashley Young caindo pelas pontas no ataque.

Na melhor chance do time inglês, aos 37 do primeiro tempo, Carew cobrou uma falta rasteira e obrigou Buffon a se esticar todo para evitar o gol. Dois minutos depois, o goleiro voltou a trabalhar, desta vez num chute à queima-roupa de Albrighton.

O segundo tempo começou como terminou o primeiro. As duas equipes atuavam bem fechadas e o Aston Villa chegava com mais perigo. No momento em que os ingleses mais pressionavam, Albrighton perdeu uma dividida na intermediária e proporcionou um contra-ataque que terminou com Trezeguet chutando por cima do travessão cara-a-cara com o goleiro Guzan.
Dez minutos mais tarde, Trezeguet quase marcou depois de uma bobeira do zagueiro espanhol Cuéllar. E o Juventus foi perdendo uma chance atrás da outra. Iaquinta dominou dentro da área e bateu fraco, fazendo com que os poucos torcedores italianos presentes pedissem a presença do ídolo Del Piero. Para irritar ainda mais os tifosi, o zagueiro francês Zebina chegou a perder a chuteira ao finalizar dentro da área.
Nos minutos finais, o técnico Ciro Ferrara ouviu a voz do povo e fez uma ousada substituição. Pôs Del Piero em campo no lugar de Camoranesi e o Juventus passou a atuar com três atacantes. O camisa 10 só teve tempo de bater uma falta por cobertura, sem perigo, antes do fim do tempo regulamentar.

O Juventus começou a prorrogação com nada menos que quatro atacantes, com a entrada do brasileiro Amauri no lugar de Giovinco. Mas a presença de tantos homens de frente não foi suficiente para furar o bloqueio do Aston Villa e a decisão foi para os pênaltis.

Amauri e Melo acertaram suas cobranças. Mas o goleiro Guzan defendeu a de Iaquinta e de Del Piero, que bateu de forma bisonha, rasteirinho e fraco. O espanhol Cuéllar converteu o último pênalti da série e fechou a conta em quaro a três Aston Villa.

Os dois clubes deixaram o estádio Olímpico de Sevilha com o cofre mais gordo. Pelo título da Copa da Paz, o Aston Villa embolsou um prêmio de dois milhões de euros (cerca de R$ 5,4 milhões). O Juventus, vice-campeão, levou a metade.

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